Votar, e bem, é preciso
Votar, e bem, é preciso
>>> O país vive uma onda de pessimismo em relação aos Poderes Constituídos, falta credibilidade. Alienar-se nunca será uma boa prática. É preciso acompanhar, conhecer bem e selecionar melhores pessoas para nos Governar.
- Celso Gagliardo –
As vicissitudes que passamos no País, as decepções de tantos
com seus líderes políticos, a ideologia partidária da conveniência, os
escândalos, os desvios, a incompetência, fazem com que muitos cidadãos se desanimem,
percam a esperança.
A cada dois anos somos convocados a votar, obrigatoriamente
dos 18 aos 70 anos, e voluntariamente de 16 a 18 anos e para os mais de 70.
Todavia, a sanção para quem não vota é muito leve, há a possibilidade de
justificativa, e ouço pessoas falando em deixar de exercer o seu direito
cívico.
Isso não é bom. Independentemente do grau de chateação de
cada um com o que vai na política com p minúsculo, somos dependentes das
decisões na área pública, em todas as esferas. O que o Prefeito e Vereadores
decidem temos que cumprir e isso dita as diretrizes da comunidade. E de nossos
bolsos saem os recursos públicos.
Não votar, ou anular, ou votar em branco, soam como um
“protesto” na cabeça de alguns. Mas isso, por outro lado, abre espaço para que
oportunistas, ou o que há de pior no cardápio de opções, se protagonizem,
liderem processos partidários e eleições.
Temos oportunidade de escolher, analisar com tempo e
detalhadamente os nomes e currículos, pesquisar na Internet em fontes
confiáveis, conversar com amigos, e decidir da melhor forma e
independentemente, isto é, sem esperar votar no “vencedor”, naquele nome
popular com mais chances.
Quem pode ser um bom prefeito ou vereador? É preciso um
mínimo de formação escolar e vivência cultural para ser um Gestor ou um
Legislador, ler e entender projetos, fiscalizar o Executivo, etc. Saber falar,
articular-se, pensar com independência sem ceder às pressões. Nesse particular
é bom analisarmos sua base política, partido e as alianças, pois durante
votações a tendência é seguir diretriz partidária.
Ser um agente do Executivo ou do Legislativo significa alçar
a um Poder. E Poder afeta muita gente, transforma alguns que se desviam por
conta do novo “status”. Teria o candidato a firmeza, o caráter, a formação
moral para suportar as seduções e oportunidades que esses cargos conferem? É ficha limpa mesmo?
Ouvimos também que os nomes colocados não são adequados,
muita gente querendo o cargo pensando mais em auferir os proventos e as
vantagens próprias da função. A análise também passa por aí. Quem se volta à
vida pública deveria ser aquele que tem espírito público, que vive para servir
e não ser servido. Que costumeiramente contribui para a sociedade como um todo,
na família, na igreja, na escola, no trabalho, na entidade de classe ou em
qualquer núcleo. Quem faz o bem voluntariamente tende a fazer muito melhor,
depois.
Enfim, votar bem é necessário e deveria ser a forma
democrática de selecionar os melhores para nos representar. Se os nomes colocados
não são tão bons talvez esteja na hora de nos engajarmos nos partidos e
ocuparmos os espaços, também. Criticar é fácil, agora arregaçar mangas e
assumir ônus e bônus da vida pública já são outra conversa.
(profissional de Recursos Humanos; não candidato)
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