Pensando sobre IA, com a própria IA


 >>>> Quem tem medo da I.A. Inteligência Artificial.? À falta de sono comecei a pensar no assunto, e resolvi perguntar-quase dialogar com a própria IA  A gente fica entre assustado e fascinado. Se ler, dê sua opinião também.


Pensando sobre IA, com a própria IA

                                                                                   -  Celso Gagliardo –

Numa dessas madrugadas teimosas, começo a refletir sobre valores e vida, a rápida evolução que nossa geração experimenta, tanta obsolescência de produtos e inovações tecnológicas.

Inevitável não pensar na IA - Inteligência Artificial e sua contribuição em praticamente todos os campos do conhecimento, e seus “perigos” – os efeitos nos empregos, disseminação de informações falsas, limitações, riscos éticos. Na falta de melhor interlocutor, àquela hora, recorro à própria IA, que me responde em espantosos segundos e com gentileza incomum:

“A Inteligência Artificial é, em essência, conhecimento humano acumulado. Uma máquina que não pensa, mas processa – com velocidade absurda – uma imensidão de dados organizados por nós mesmos. A mágica está na forma como seleciona, cruza e devolve esse conteúdo, como se fosse uma espécie de espelho turbinado da nossa própria inteligência coletiva”.

E reconhece o risco do erro: “Se a origem dos dados for duvidosa, a IA também será. Ela não “sabe” no sentido humano do termo – ela estatisticamente prediz. E se aquilo que aprendeu estiver contaminado por erro, viés, desinformação, ela devolverá exatamente isso: erro com eloquência. Informação falsa com convicção”.

Quando falo de meu gosto pelo texto poético, a IA se adapta ao estilo e devolve, embora tratando de tema árido, numa adaptação fantástica e quase metafórica: “Sim, há beleza na rapidez. Há encanto na precisão. Mas a alma desconfia como quem ouve uma melodia perfeita demais para ser humana”.

E nossa “conversa” fluiu, madrugada adentro. Ante minhas provocações, a IA manda: “Mais cedo ou mais tarde, toda profissão sentirá o sopro da Inteligência Artificial. Pode ser um toque sutil, como uma brisa que reorganiza papéis na mesa ou um vendaval que redefine a paisagem inteira”.

Mais à frente, a IA me envia, sem saber, pílulas que acalmam: “Mas não se engane: por mais que a IA aprenda, por mais que impressione, a máquina ainda é reflexo. E o reflexo não sonha. Não hesita. Não cria com o susto de quem arrisca. A inteligência humana, com suas incertezas e lampejos, continua sendo a bússola. É ela quem inventa o novo, quem pondera o improvável, quem dá sentido ao que antes era só dado bruto.”

Pequena pausa, espio a escuridão da noite, levanto os olhos para o céu e há uma grande estrela (?) isolada, cintilando à Leste. Quase perguntei à IA o que seria aquele ponto de destaque no mapa negro e misterioso. Mas insisti alguns pontinhos a mais no tema central, e a devolutiva foi em tom poético com acenos importantes a nós, navegantes: “A chegada da IA não é o fim do humano. É o chamado ao seu crescimento. Novos olhares serão precisos. Novas perguntas. Novas formas de ser e fazer. E quem for capaz de dançar com essa mudança, sem perder o compasso da alma, continuará a comandar a orquestra”.

Confesso que tive sensação estranha de pensar que estava conversando com uma máquina. Quase não acreditei que não havia alguém “escondido” de outro lado. Pensei no Criador, e agradeci por viver esse período tão rico de inovações, mas também turbulento e materializado. Por que o homem assim escolhe.

Já era hora de parar, e a IA me sugeriu algumas formas de abordagem “sabendo” que tenho o hobby da escrita. E finaliza que a IA é uma nova presença que exige algo que deveríamos cultivar há muito tempo: “humildade diante do novo, curiosidade ativa, coragem para reaprender”. E ainda alertou: “Não se trata de virar técnico, programador, engenheiro de máquina. Trata-se de entender a linguagem do tempo. De perceber que há um novo ritmo no ar e que, se não aprendermos a escutá-lo corremos o risco de perder o trem da história. E o trem não espera quem fica parado. Aprender muito nunca foi novidade para quem vive com a alma acordada. Quem aprender a dançar com esse ritmo, sem perder os próprios passos, será protagonista. Quem resistir ao novo, agarrado ao conforto antigo, será superado”.

Afastei-me do celular e voltei a dormir, refletindo no “papo” com a minha visão de simples iniciante em IA, que sou. Essas ferramentas extraordinárias vieram para nos ajudar, mas irão aumentar o fosso entre os mais dedicados/de mais oportunidades na vida, e aqueles de pouca ambição e oportunidades, que preferem pensar e ousar, menos. A corrida continuará forte, torna-se imperativo não derrubar ou perder o bastão.

            Profissional de Comunicações, Recursos Humanos e Gestão –gagliardo.celsoluis@gmail.com

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