Pensar a carreira direciona o crescimento profissional. Planejar!

 


>>>   A maioria dos profissionais que conhecemos segue a vida funcional ao sabor dos acontecimentos. É importante planejar, ter um alvo, e se preparar para galgar cada etapa  que nos leva ao topo. A empresa que nos contrata não planeja carreiras. O artigo postado permite várias reflexões nessa linha de crescimento profissional e suas recompensas naturais. Saboreie e comente, se puder. 

Pensar a carreira direciona o crescimento profissional 

Planejar!

                                                                                               -   Celso Gagliardo   -

Habituado a lidar com executivos e técnicos especializados, Antonio Carlos Vaz de Lima nos contata para falar um pouco de carreiras, progressão profissional aliando capacitação + novos desafios = melhores recompensas = sucesso. Liderando há mais de 30 anos a AnimaRH Campinas, Antonio Carlos trata de colocação e recolocação de pessoas e aconselhamento de carreiras, ajudando a despertar a visão de potenciais caminhos. Ressalta a importância da valorização das pessoas, a felicidade de entregar um trabalho que exceda às expectativas coroado com o reconhecimento e a ascensão a posições mais desafiadoras. Ganho para todos.

Se pesquisarmos ao nosso redor poucas pessoas pensam com mais profundidade na trajetória profissional, aquele encadeamento que leva às promoções horizontais ou verticais, gerando motivação e sucesso às partes envolvidas. Muitos acham que cabe à empresa o pensar nas carreiras, ou seja, na linha que cada um deverá traçar para alçar novos vôos, mudar de cargo ou até de área, e assim obter pacote maior de reconhecimento.

Em geral as pessoas são lançadas no mercado de trabalho e se desenvolvem (ou se estagnam) na vida profissional meio que ao acaso, ao sabor de oportunidades, sem colocar uma ideia central do que quer, gosta, busca e de como agir para esse fim.

Às vezes essa forma de profissionalização dá certo, quando momentos, relacionamentos e “sorte” influenciam positivamente e as coisas acontecem. Entretanto, por tudo o que vimos na vida de profissional de Recursos Humanos, e ouvindo especialistas, é preciso planejar nossa trajetória de trabalho. Esse pensar prévio nos ilumina e direciona, dá um norte para sabermos onde colocar mais energia em preparação e competência para entregar de fato tudo o que podemos, superando desafios.

Para ilustrar, prefiro dizer do meu próprio nascimento profissional, aleatório e em cargo operacional, tipógrafo, que me levou às redações de periódicos na cidade natal. Depois, uma investida rápida como empreendedor, mal sucedida. Então, vaticinei: Se serei um prestador de serviços, um empregado, vou me candidatar numa empresa em que possa ser promovido e fazer carreira. E assim as Indústrias Romi ganharam um Auxiliar, depois Analista e finalmente um Supervisor de Recursos Humanos.

Meu alvo era chegar a ocupar uma Gerência ampla, e acreditava ser difícil conseguir isso na empresa que bem me acolheu jovem, aos 21 anos. Então tomei a dura decisão de pedir desligamento, após onze anos, para me lançar no mercado em busca da meta empiricamente planejada. E com isso acabei passando por várias empresas, na maioria delas com sucesso e bons resultados. Algumas me ofereceram cursos específicos e especialização. E assim fui ampliando o ‘background’ até atingir um nível gerencial amplo, atuando como o representante de RH junto ao staff diretor. Após 48 anos de lida, resolvi parar de “bater cartão” e passei a atuar de outras formas, como aposentado mesmo.

Fácil? Nunca foi. Vivi momentos difíceis, tirei a família com filhos pequenos da zona do conforto familiar e me mudei de cidade, enfrentei algumas injustiças, houve empresa em que fiquei pouco mais de um ano apenas, cheguei a ficar desempregado e me realoquei noutros trabalhos temporariamente. Mas, em quase todos os desligamentos, a iniciativa de rescindir contrato foi minha para buscar outro desafio condizente com meu perfil e realidade profissional.

Na vida profissional nós demitimos empresas, e também podemos ser demitidos por elas, há um frágil contrato de trabalho que nos une, embora muitas vezes o relacionamento seja tão intenso, profícuo e saboroso que a gente nem pensa nele, e jamais imagina um estratégico “plano B” para naturais eventualidades. E surpresas acontecem, às vezes mesmo à contragosto de contratantes e contratados.

Uma série de fatores influenciam o sucesso profissional e são facilitadores da projeção de carreiras. Conhecimentos, atitudes, habilidades ajudam, mas o cenário econômico pode limitar oportunidades. Mesmo assim, todo profissional que busca mais tem que se preparar e “desenhar” seu projeto - seja internamente, na organização em que milita, - ou buscando fora, quando necessário e possível. Às vezes as organizações nos decepcionam, por isso a coragem de correr riscos conta muito num projeto profissional.

É saudável sabermos de um/a profissional que entrou “office-boy” e que chegou ao comando de uma organização, o CEO, especialmente quando se reconhece que houve merecimento e a natural valorização da pessoa. É possível fazer carreira e ser feliz sem ficar trocando de emprego, sem o risco de adaptação à nova cultura. Nos tempos de hoje os relacionamentos são mais voláteis, a permanência e o desenvolvimento em carreira estão quase sempre atrelados friamente aos resultados entregues e circunstâncias do negócio.

Mais que contar um pouco da vida, nosso objetivo nestas linhas foi colocar pontos de reflexão para todos os profissionais, incluindo jovens e não tão jovens, estudantes, até mesmo aqueles que ainda estão em dúvida sobre em qual área pretendem atuar, decisão nem sempre fácil, mesmo.

Planejar, mesmo que uma pequena etapa da vida laboral pode compor, aos poucos, um grande projeto com objetivo final, ao longo do tempo, levando sempre em conta que o sucesso e o crescimento em carreira costumam se ajustar melhor àqueles que fazem de problemas e dificuldades uma oportunidade. Então, vamos pensar e repensar nossas carreiras. E boa sorte !

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