Um cafezinho no Liberal




UM  CAFEZINHO  NO  LIBERAL


Não imaginava que aquele grupo de visitantes às instalações do Grupo O Liberal fosse demonstrar tanto interesse e conexão como vi numa tarde qualquer de terça-feira.


O programa de portas abertas, que o jornal promove de forma organizada e mensal, busca justamente isso: aproximar leitores e assinantes da instituição, que celebrou em junho seus 73 anos de atividades ininterruptas.


Recepcionados por gente que gosta — e entende — do que faz, os visitantes, em sua maioria já de cabelos brancos, compartilharam histórias e lembranças que revelam laços pessoais com o jornal e as emissoras de rádio que funcionam integradas no mesmo espaço.


Foi curioso e enriquecedor conhecer os bastidores de um jornal. Do trabalho incansável de repórteres e editores em busca da notícia, passando pela redação, fotografia e checagens, até o entendimento da engrenagem que une Diagramação e Redação na difícil arte de fechar página por página. Tudo precisa caber: a matéria, os anúncios, os caracteres e, claro, a relevância.


E há ainda a reunião interna diária, que define o que vai para o papel, para o site, para o WhatsApp e outras plataformas digitais.

As páginas, depois de montadas digitalmente com manchetes, fotos, textos e anúncios, são gravadas em chapas importadas — matrizes que alimentam o processo de impressão.


Na oficina gráfica, o parque de impressão impressiona (com o perdão do trocadilho). Não só dá conta do O Liberal, como também de outros jornais e tablóides da região. Há quem nem imagine que o jornal de Americana imprime para grandes cidades, já que poucos veículos mantêm estrutura gráfica ativa.


Entre um café e um pedaço de bolo, a conversa correu solta. Foram muitas perguntas, elogios, sugestões — e, claro, críticas também. Falamos sobre os desafios de manter um jornal impresso em tempos de tecnologia acelerada, redes sociais, inteligência artificial e suas promessas (ou ameaças) de inovação.


A sala de arquivos físicos é quase um templo: orgulhosamente organizada, guarda sete décadas da história de Americana em suas estantes. Todo esse acervo, desde 2020, também está disponível em formato digital.


Para dar conta do ritmo, o grupo mantém mais de 100 colaboradores, que tocam não só o jornal impresso e revistas temáticas, mas também as rádios Zé FM 76,3 (que substituiu a tradicional Rádio Clube AM) e FM Gold 94,7 — que, diga-se, virou a queridinha da cidade. Na web, o portal liberal.com.br e os perfis nas redes sociais mantêm o grupo em sintonia com os tempos.


Por trás de tudo isso, há a dedicação das gerações de acionistas que mantêm vivos os ideais dos fundadores — os irmãos Mantovani e o dr. Jessyr Bianco. Uma equipe que vai às ruas, dá a cara, vibra, se concentra e se entrega, com ética e compromisso com a verdade, num mundo onde a desinformação parece correr solta.


Gratidão pelo café... e pela conexão gerada com essa visita tão inspiradora.                                                                 CELSO GAGLIARDO            celsogagliardo.blogspot.com                   


Comentários

Sérgio disse…
Maravilha! "O Liberal" é um patrimônio de Americana.

Postagens mais visitadas deste blog

A taxinha furou o pneu do trem...

Zé Luiz, o Zelo, vida curta que fez história

Amigos fiéis, pontes e conexões