Visitando a ENFLOR e uma dor na sola do pé
Causos, 1
Visitando a Enflor e uma dor na sola do pé
Apreciamos muito participar da ENFLOR, evento
anual que acontece na área de eventos de Holambra, reunindo comerciantes, especialistas
e fornecedores do ramo de flores, decoração, embalagens e congêneres. São
quatro dias apenas.
Naquele dia chegamos de São Pedro no domingo à
noite, com ideia de partir para Holambra na segunda-feira pela manhã. Para
isso, o tênis da esposa ficou preparado sobre o piso do quarto, e a meia
também. No horário previsto ela colocou a meia e o tênis, e fomos para
Holambra.
Uma hora depois e já estávamos na portaria da
ENFLOR, fazendo a validação do convite. Primeiro pavilhão visitado, subimos
para o segundo pavilhão, onde é oferecido um chá. Tomamos e seguimos em busca
do terceiro ponto, onde mais se concentram as plantas. No caminho, ela sentiu
uma estranha dor no pé esquerdo, acusada inclusive por um falsear na pisada,
isto é, mancou um pouco.
Eu sugeri parar para examinarmos, ela achou que
dava para continuar. Mas a dor continuou, então fomos sentar no banco mais
próximo, área aberta, para tirar o tênis e verificar o que incomodava. Puxei a
meia, de lã, daquelas que não apertam muito, e no fundo dela estava alojado um
folgado escorpião amarelo, bem crescido.
E daí ?
Sabemos que especialmente em crianças e maduros
(idosos) sua picada pode gerar reações importantes, até fatal. Ficamos sob
tensão, mas ali perto havia um ambulatório médico, então fomos andando devagar
e logo a enfermeira percebeu uma mulher mancando e com um pé descalço. Veio
rápido ao nosso encontro e chegou perguntando o que houve. Mostrei o escorpião
ainda vivo e preso dentro do pé de meia. Ela se apavorou, quis saber se foi no
evento, o que neguei prontamente porque não descalçou o tênis ali. Preocupada,
e enfermeira foi logo falando da necessidade de acompanhamento médico.
Em instantes veio uma médica, que indagou sobre os
sintomas e explicou que soro, se necessário, somente no hospital da Unicamp, em
Campinas. Daí eu falei: “Mas então nós voltaremos para Americana porque sei que
ao lado de casa, no Hospital Municipal, há esse soro”. Ela não recomendou,
alegando "e se ela passar mal no caminho, o que o senhor faz "?
Veio uma ambulância e a levou para o Pronto
Atendimento da cidade. Havia apenas dor no local da picada. O médico
plantonista medicou e recomentou que aguardássemos três horas, período de
repouso necessário para passar os efeitos de possível reação mais forte.
Voltamos à exposição e ficamos olhando o que faltava ver, com muito cuidado.
Esgotado o prazo retornamos ao Pronto Socorro para a liberação final.
Foi um grande susto. Experiência única. E as
indagações que estão sem resposta, até hoje? Como o escorpião entrou dentro da
meia se nunca vimos nenhum desses aracnídeos em casa? Como ele ficou
"quieto" dentro da meia toda a viagem e início da visitação, por
quase duas horas sob pressão? Por que reagiu com seu ferrão somente após mais
de 2 horas?
A grande lição: Tem que olhar o que calça e veste,
sempre. E adotamos outros cuidados preventivos em casa. Dois anos do ocorrido e
ainda não encontramos outro, felizmente. Quem sabe algum pássaro predador do
temível bichinho com rabo e ferrão torto possa ter derrubado um deles na sacada
do quarto, naquele dia. Mas, será ?
Ficou essa suposição e uma grande curiosidade. Foi
bem tenso!
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