Santa Bárbara, 207. Quem te viu, quem te vê
Santa Bárbara, 207. Quem te viu, quem te vê – Celso Luís Gagliardo – Estou fora dela há 43 anos, mas ela nunca saiu de mim. Santa Bárbara d’Oeste é um pequeno mimo que cultivo no peito desde menino — berço que me acolheu na rua Maria Tunussi Bética, perto do prédio “Dentão”, da 13, e onde a vida parecia caber inteira num mapa de passos curtos. Era tudo perto: a gente andava a pé ou de bicicleta, cruzando distâncias que hoje parecem impossíveis. Da Vila Aparecida à Igreja de Nossa Senhora Aparecida, onde o tio Agostinho e sua numerosa família abriam a porta e o sorriso. Da Usina Santa Bárbara, onde o pai Pedro trabalhou por um tempo e onde o tio Leontino morava. Dos campos da várzea, com União Aparecida, Marianinhos e tantos outros escrevendo pequenas epopeias dominicais. Da Vila Linópolis — já então um bairro de porte médio — com sua enorme depressão, o famoso “valo”, separando-a da região dos Borges. Muito circule i por ali, entre caminhos de terra e gramados mal cuidados ...